Temu cresce e abre portas para vendedores brasileiros
Expansão da Temu no Brasil e Novidades
A Temu desembarcou no Brasil em junho de 2024 fazendo barulho. A estratégia? Cupons de desconto e frete grátis para conquistar os brasileiros logo de cara. Pertencente ao grupo chinês Pinduoduo (PDD), a plataforma já operava em mais de 30 países, incluindo Estados Unidos, Alemanha, França e México.
No lançamento, quem entrou no app não encontrou marcas brasileiras conhecidas – só produtos importados. Mas isso está prestes a mudar.
Crescimento que impressiona
Em apenas 6 meses, a Temu chegou a 39 milhões de usuários ativos no Brasil. Para você ter uma ideia do tamanho disso: ultrapassou o Mercado Livre (37 milhões) e agora só fica atrás da Shopee (50 milhões).
O crescimento foi de 600% na base de clientes desde o lançamento. Resultado: A\a Temu virou a segunda maior plataforma de vendas online do país.
O novo ranking dos marketplaces brasileiros:
- Shopee – 50 milhões de usuários
- Temu – 39 milhões de usuários
- Mercado Livre – 37 milhões de usuários
E tem mais: no sexto mês após o lançamento, a Temu foi o app de compras mais baixado do Brasil, com 3,9 milhões de novos downloads. Deixou para trás a Shopee (2,5 milhões) e o Mercado Livre (2,4 milhões).
Enquanto isso, os concorrentes patinavam: Mercado Livre cresceu apenas 13% em um ano, Amazon caiu 5%, e a Magazine Luiza perdeu 15% da sua base online.
Em abril de 2025, a Temu se tornou o 2º site de e-commerce mais acessado do Brasil, com 9,9% de participação nos acessos – quase alcançando o Mercado Livre (12,3%).
O mercado brasileiro em transformação
O e-commerce brasileiro movimentou R$ 204,3 bilhões em 2024, com previsão de R$ 234 bilhões em 2025. Parece muito? Mas representa apenas 15% a 20% do varejo total do país. Em mercados como China, EUA e Europa, esse número chega a 50%. Ou seja: tem muito espaço para crescer.
Como está dividido o mercado:
- Mercado Livre, Amazon e Magazine Luiza são as preferidas entre as classes A e B
- Shopee e Temu dominam nas classes C, D e E, com estratégia de preços baixos
A Shopee chegou em 2019 e construiu um império com mais de 3 milhões de vendedores brasileiros, que representam 90% das vendas na plataforma. A Shein, que começou focada em moda importada, já tem 30 mil vendedores locais e planeja adicionar até livros e alimentos em 2025.
A Temu era a única grande plataforma operando só com produtos do exterior. Até agora.
A grande virada: vendedores brasileiros entram no jogo
Desde 29 de outubro de 2025, qualquer vendedor brasileiro pode se cadastrar na Temu. Sem convite, sem burocracia pesada.
O que você precisa para vender na Temu:
- CNPJ ativo (MEI, empresa individual, qualquer porte serve)
- Estar regularizado com as leis brasileiras de e-commerce
- É isso. Não tem taxa de cadastro ou adesão
Vantagens para o vendedor:
- Mais de 600 categorias disponíveis (decoração, moda, eletrônicos, casa e muito mais)
- Integração com ERPs brasileiros conhecidos: Olist, Base, Bling e Tray
- Automação de pedidos, notas fiscais e controle de estoque
- Custos iniciais reduzidos para quem armazenar estoque no Brasil
Vantagens para o consumidor:
- Entrega em até 2 dias úteis (muitas em 24-48 horas)
- Produtos mais alinhados ao gosto brasileiro
- Preços competitivos mantidos
A Temu está apostando pesado na logística local. A ideia é simples: unir a variedade de produtos globais com a velocidade de entrega local. Exatamente o que Shopee e Shein já fazem.
O que vem por aí
A disputa no e-commerce brasileiro está só esquentando. Temu começou com força bruta (preço baixo e volume alto) e agora parte para a segunda fase: qualidade de serviço e produtos locais.
A briga agora é por entrega rápida. Em um país do tamanho do Brasil, ter logística ágil é essencial. E todas as plataformas sabem disso.
No fim das contas, quem ganha é você, consumidor. Mais opções, preços melhores, entrega mais rápida e um mercado cada vez mais competitivo.
A Temu saiu de zero para gigante em pouco mais de um ano. E agora, com vendedores brasileiros a bordo, promete crescer ainda mais.
Referências
Diário do Comércio, IstoÉ Dinheiro, InfoMoney, Nord Investimentos, Mercado e Consumo
